Impeachment pode ter voto decisivo de AL

Derllânio Telécio | 11:59 | 0 comentários



Deputados da bancada federal de Alagoas consideram que a ordem de votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff não deve trazer mudança em relação aos votos dos representantes do Estado na Câmara Federal. Não será o fato de votar primeiro ou por último a definir quem dirá sim ou não ao impedimento de Dilma. Alagoas será o último Estado a votar e, como um voto pode decidir o resultado do processo, pode estar nas mãos de um parlamentar alagoano o futuro de Dilma.

Até ontem, o placar apontava para a seguinte definição: dos nove deputados federais de Alagoas, cinco se declararam pró-impeachment e dois contrários. Outros dois seguiam sem externar o voto.

Cícero Almeida (PMDB), Arthur Lira (PP), Pedro Vilela (PSDB), JHC (PSB) e Maurício Quintella (PR) votam pelo impeachment.

Paulão (PT) e Givaldo Carimbão (PHS) são contra o impeachment.

Ronaldo Lessa (PDT) e Marx Beltrão (PMDB) não haviam, até ontem, declarado o voto.

Ao ser questionado pela Gazeta caso haja mais mudanças no processo e Alagoas seja o último Estado a votar, o deputado Cícero Almeida disse que “a tendência é que o resultado já esteja consolidado caso isso ocorra. No que depender do meu voto, o impeachment vai acontecer”, disse Almeida.

O deputado disse ainda que seu voto está mais do que definido e não há possibilidade nenhuma de reverter sua decisão. “Meu voto está maduro e segue a vontade da grande maioria dos alagoanos”, afirmou.

Ontem, o dia foi de indefinições, entre mudanças no processo comandado pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tensão, negociações e muita disputa por voto em Brasília (DF). De lá, o deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão, presidente do PT em Alagoas, conversou com a Gazeta.

O parlamentar disse que se mantém confiante de que o impeachment não passará. Repetiu o que vem afirmando desde que o processo começou.

“Avalio que a gente vai ganhar. Vai ser uma eleição apertada, mas o impedimento não passará”, disse Paulão.

O deputado considera que o clima que se tem hoje nas ruas, de que o impeachment é irreversível, “foi criado pela grande mídia e pelo poder econômico”, disse.

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