Veja o que diz a “lista de Janot” sobre os senadores alagoanos que serão investigados

Derllânio Telécio | 11:51 | 0 comentários

A lista dos nomes de políticos que serão alvo de inquérito por conta de terem sido citados na Operação Lava-jato, desencadeada pela Polícia Federal, e que aponta uma série de desvios e irregularidades na Petrobras, fez  o chão de Brasília (DF) temer.
Disponibilizei - para o leitor - ainda no dia de ontem, 06, a lista completa entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria Geral da República. Agora, diante dos pedidos feitos pelo procurador-geral Rodrigo Janot, se aguarda a defesa dos citados.
A lista foi divulgada após decisão do ministro do STF, Teori Zavaschi. Ele não viu motivos - conforme a decisão - para manter as informações em sigilo. A notícia também repercutiu em Alagoas. Afinal, entre os nomes que aparecem estão quatro alagoanos.
Do Senado Federal, os três representantes de Alagoas são apontados como tendo envolvimento no esquema revelado pela Operação Lava-jato. O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB), o senador Benedito de Lira (PP) e o senador Fernando Collor de Mello (PTB) agora correm para apresentarem suas defesas.
Sobre as acusações, Lira e Renan Calheiros já falaram ontem. Benedito de Lira encaminhou uma pequena mensagem a este blog por sua assessoria de imprensa. O peemedebista se posicionou nas redes sociais. Fernando Collor de Mello já havia alegado inocência antes de seu nome ser confirmado na lista. Há matérias sobre tais assuntos em postagens anteriores. 
Da Câmara de Deputados, o nome presente na “lista de Janot” é o deputado federal Arthur Lira (PP). Ele ainda não se pronunciou.
Eis então o que pesa contra cada um dos alagoanos alvo de investigação:
O senador Benedito de Lira foi citado na Lava-jato pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Ele disse que o pepista - por intermédio do doleiro Alberto Youssef - teria recebido R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado Federal em 2010. O valor seria oriundo de sobrepreços praticados em contratos da Petrobras. 
Arthur Lira foi citado pelo próprio doleiro Alberto Youssef. De acordo com ele, um assessor do deputado federal alagoano teria recebido R$ 100 mil em espécie, mas que foi detido com o dinheiro no Aeroporto de Congonhas. O doleiro diz ainda que Arthur Lira recebia repasses mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil. 
O dinheiro fazia - ainda segundo o doleiro - parte da cota do PP no esquema que existia na Petrobras. 
Renan Calheiros (PMDB) é citado por Paulo Roberto Costa também. O delator diz que houve uma troca pelo apoio político para que ele permanecesse no cargo. De acordo com ele, diante do “toma lá da cá”, alguns valores de contratos da Transpetro resultavam em dinheiro para o presidente do Congresso Nacional. 
Em relação a Fernando Collor de Mello, a informação é a mesma que foi divulgada amplamente pela imprensa: o suposto recebimento de propina no valor de R$ 3 milhões, que foi citado pelo doleiro Alberto Youssef em delação premiada. A suposta propina derivaria de um contrato envolvendo a BR Distribuidora, que é subsidiária da Petrobras. 
Aqui estão as petições do STF envolvendo os alagoanos:
Fonte: Cada Minuto

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